Eu só quero as verdades
Por trás daquelas mentiras
Quero transparente quem me trouxe de volta a vida
E põe-me o coração em deliciosa disritmia.
Chega de meias-verdades!
Que acabe a falsidade
Com quem te sustenta e te ensina
Quero-te bem com quem te alinha
Com a tua raiz
Com tua família.
Gostaria eu que fosse tudo mentira
Que tu se protegia
De quem te bem queria
(e ainda quer)
E,
Igual teu pai,
que não sabe como seria
Se algum mal lhe ocorresse
Não sei que fim eu levaria
Se por um momento eu te perdesse.
Se te puxo as orelhas
É porque te amo e olho além.
Eu sei, não sou ninguém
Pra te fazer mudar,
Mas sou alguém
Que já não sabe não te amar.
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Comentário:
Os poemas que gosto são aqueles aplicáveis a situações de outrem, aqueles que são do autor à sua amada, mas que um outro qualquer também pode dedicar para a sua. Acho que é por isso que eu não tenha gostado tanto deste - é pessoal demais. Provavelmente nunca poderá ser usado de novo, já que situação semelhante dificilmente ocorrerá, e mais difícil ainda este chegará à mão de quem viver algo parecido.
Talvez aí que esteja a beleza e a estranheza deste... é único, único até demais.
Há 7 anos