27 de fevereiro de 2009

Minha calma, minha tormenta

Vivemos como um barco sob tempestade
A deriva sobre o mar
Um amor que tem idade
Mas sem defeitos pra achar

Vivemos à espera de piores ventos
Sem culpar o pouco tempo
Ou o mau tempo.
Vamos indo, sem lamento

Sem ligar pra hora
Sem se preocupar quando vais embora
Nós vivemos o agora.

E tudo bem,
Pode ir
Um dia eu deixo que te vá
Só não suspeita que é falta de amar

É que contra o destino certo eu não sei lutar
Mas vê se lembra:
Nenhum futuro é tão certo que não possa mudar.

Todavia, uma condição, só uma:
Já me deves uma visita
Em ocasião oportuna
Ou em qualquer saudade súbita

E não sou eu quem te proclama
Esses versos como quem reclama
É meu coração que não se despede
É o nosso amor
Que como o nosso,
Nunca mais repete.

(Sou só eu quem pede
... não vai.)

17 de fevereiro de 2009

Meu carnaval sentimental

Pelos amores dessa minha vida
Vou dançando pela avenida
E a banda de emoções desfila

Cada um dos sentimentos
Cada qual em seu instrumento
Cada lamento
Em seu devido momento

A Paixão
Que samba sem parar,
Tenta manter meus pés longe do chão
Ou por mais tempo no ar

A base parada é que não pára
Porque bem frenético
Sem remédio
O Nervoso treme
O corpo quase resvala

E o Coração?
Marca a batida
Toca na percussão,
Feliz da vida

Só que na confusão de uma paixão
Ele abandonou a bateria
E a banda agora toca em deliciosa
(e quase talentosa)
Disritmia.

E sambando em minhas rimas
Ao som desregrado da batida
Lá na frente
Ela ainda desfila.

É a rainha da bateria
É a mulher da minha vida.
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No final da contas
O resto da banda passa
E lá em casa
Só ficou a Razão.
Ela tem seus problemas,
Não aprendeu a desfilar.

A razão nunca soube o que é amar.
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Essa vai pra minha futura e desconhecida esposa, HOHOUIHAOIUHA

11 de fevereiro de 2009

Eu escrevo,

Só pra arrancar aquela expressão
Talvez uma exclamação
Ou até um sorriso abobado
Palavras soltas num balbuciado.

Pra te impressionar e provocar,
Talvez um choro minguado
Ou quem sabe um sorriso,
Desses,
Meio de lado

Eu escrevo pra te fazer indagar
...
Há! Quem me dera!
Também quisera...
Pro que eu sinto,
Sempre te fui poeta
(sem mistério, singelo, sincero)

Se eu escrevo
É só pra não dizer fácil
Mesmo que não tão hábil
Algo além de “ei!”,
“ahm...”
e “ô!”

é só pra dizer que
Eu
te
â
mô.
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Ah, você já terminou de ler, eu sei, mas indico que leias com um certo ritmo, pra que a rima idiotinha no final dê certo, sabe? haha
Tô me achando engraçado hoje, deixa eu AIEGIABEIUPAGEBDSAIUGE

9 de fevereiro de 2009

blé.

Sem você por aqui
Bem bem longe de mim
Sinto muito de ti.

Tua voz não me basta ao telefone,
Teus olhos não me gastam daquelas fotos

E mesmo sem teu cheiro,
sem teu tato e sem teus beijos,
Ainda te vejo nos meus devaneios.

Portanto, ou por tão pouco,
o que me resta é diferente de cheirar,
É diferente de tocar,
De ver ou de ouvir.

A mim só restou te sentir.
E sinto, sinto muito.
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bem ao estilo "Pateticamente Poético".