28 de março de 2010

Orquídeas

Existem inúmeras maneiras de declarar o amor que se sente por alguém. Você sabe disso, porque a gente não cansa de testar todas.

Já escrevi pra você, descrevendo cada detalhe seu. Declarei-me pra você olhando nos seus olhos, falando com os meus. Falei no seu ouvido, bem baixinho, só pra você ouvir. Meus dedos se desmancham de amor toda vez que te acariciam, com uma delicadeza que não me é própria. Gritei meu amor em silêncio enquanto te assistia dormindo, que era pra não te acordar. Quantas vezes chorei bobo de felicidade só de dizer que te amo?

São vários os jeitos de dizer “Eu te amo”, e a gente conhece muitos deles. Mas existe uma variante do amor que eu nunca usei com você, e que é bem própria dos meninos. Eu, como menino, considero esta a maior declaração entre todas as outras: as Flores.
Os meninos-cavalheiros, com todos os trocados e elegância que conseguem reunir, dedicam as flores que mais lhe saltam os olhos à menininha amada.

A flor escolhida depende do menino que a dedica e da menina que a recebe. Talvez você esperasse rosas vermelhas como manda a tradição, ou quem sabe alguma outra flor apaixonada. Eu acredito que cada flor tem seu significado, sua ocasião. Por isso não lhe dedico rosas. Elas são, para mim, a flor da paixão.

Não lhe dedico rosas porque certa vez aprendi que quando um menino ama uma menina de verdade, ele deve dar-lhe orquídeas.

Já dei rosas muitas vezes antes, mas nunca orquídeas, porque nunca amei ninguém como eu te amo. Nunca me atrevi a dar uma orquídea a ninguém, porque eu sabia que esta seria a maior declaração de amor que eu poderia fazer a uma menina. É uma grande honra pra mim que essa menina seja você.

São seus.
As flores e o meu coração.


Eu te amo,
G.

Um comentário:

amanda; disse...

oown que lindo *-*